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Arquitetos: Luigi Rosselli Architects
- Área: 300 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Prue Ruscoe
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Fabricantes: Artedomus, Bisanna Tiles, Design Within Reach, Euromarble, Jetmaster, Luigi Rosselli Architects, On Site, Robert Plumb, Robert Plumb + Luigi Rosselli Architects, Vajira Gunawardena, Vitrocsa
Descrição enviada pela equipe de projeto. Durante o reinado da Rainha Victoria, a arquitetura residencial das colônias britânicas foi pautada nos ideais e conceitos românticos tardios da arquitetura gótica a partir das interpretações de John Ruskin em seu artigo "The Seven Lamps of Architecture", no qual ele afirma que as habilidades dos construtores eram mais importantes do que a conceituação do arquiteto. Rendas, arabescos, detalhes de gesso e elaborados trabalhos em madeira eram empregados nas residências vitorianas das colônias. De forma modesta, esta casa praiana em Bronte, nos subúrbios de Sidney, possuía muitos traços desse antigo estilo, e, quando surgiu a possibilidade de reformá-la, o arquiteto se inspirou em uma casa de veraneio de sua infância, localizada no topo de uma montanha com vistas para o Lago Maggiore, na Itália, chamada de La Casa Rosa, por conta de seu acabamento externo.
No verdadeiro espírito vitoriano, juntou-se uma equipe de habilidosos construtores com diferentes especialidades. Will Dangar foi encarregado do paisagismo, com apoio de Nazih. Juliette Arent e Genevieve Hromas, do Arent & Pyke somaram com seu cuidado com detalhes intrincados e as contribuições de sua talentosa equipe. Callum Coombe executou o brise de telhas terracota, que ele primeiro testou na construção de The Beehive. A Buildability Constructions reuniu uma equipe de excelentes carpinteiros e pedreiros. E a construção contou ainda com Stiven da Sydney Joinery, cuja marcenaria refinada é uma característica integrante de todas os ambientes, juntamente com a alvenaria do Architecture Stone Concept.
Além de todos os trabalhadores, o cliente e proprietário também teve papel central no projeto. Sua demanda não era somente para substituir adições posteriores na parte dos fundos da propriedade e fornecer um novo espaço de estar, uma suíte master e um escritórios no primeiro andar. Havia o desafio de encaixar o projeto em seus sonhos e ambições. Cada aspecto da casa é uma representação de suas aspirações; sua percepção do mundo inspirada em Le Vie en Rose. Dessa forma, não houve desperdício neste projeto, a casa não é grande; não há quartos desnecessários e também não foram instaladas engenhocas desnecessárias.
O projeto não faz alterações nos cômodos existentes da parte da frente original da casa e os anexos nos fundos respeitam a escala da antiga construção. A piscina existente dos anos 1980 foi preservada, assim como a densa vegetação do quintal. As telhas originais foram reutilizadas nos brises e também seriam preservadas na parte da frente da casa, porém, o construtor, zeloso, convenceu de trocá-las.
Foram utilizadas janelas de madeira de segunda mão na fachada frontal da casa, destacando a intenção de reutilizar e reciclar os materiais. A casa emprega ventiladores de teto que auxiliam no resfriamento mecânico, em combinação com bom isolamento térmico, grandes beirais, proteção solar em todas as janelas, vegetação e água, evitando o uso de ar condicionado. Durante os curtos meses de inverno, o aquecimento é fornecido por painéis hidrônicos.
A nova estrutura instalada nos fundos da propriedade foi construída com concreto tingido de rosa por meio de pigmentação mineral. O novo concreto, chamado de"flamingo", combina com o concreto original da casa. Para o arquiteto, La Casa Rosa guarda muitas boas memórias de sua infância, e ele tem a intenção de que La Nuova Casa Rosa também possa reunir boas e lembranças para as crianças que morarem aqui.